domingo, 22 de julho de 2012

A bohemia me devolve a poesia que andava a tanto tempo escondida dentro de mim:




Estou ciente de que talvez morra daqui a vinte anos de cirrose nesses botecos compartilhando cerveja barata com pessoas extraordinárias, ou pegue tuberculose por enfrentar os serenos das noites frias de São Paulo. Mas talvez eu só morra daqui a 40 anos e tenha tido um filho e criado ele sem preconceito e sem as imposições da sociedade, ou talvez só morra daqui a 60 anos, quando eu ja tenha vivido tantas coisas, e já tenha tanta história pra contar para os netos, ou para netos dos amigos caso os meus não venham. E se a vida for curta, a história permanecerá viva enquanto eu puder me inspirar nessa bohemia.


Joelma Coutinho

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