domingo, 27 de março de 2011

Essa dor doeu mais forte

Perder um companheiro de luta
É como perder um pedaço de si próprio
É uma criança perder seu brinquedo preferido
É uma mãe perder um filho
É um sonho ficando mais distante...

E o que me resta hoje é somente pedir perdão
Perdão pelas falhas
Pelas vezes que não motivei suficientemente seu coração
A ponto de ter sede o suficiente pra continuar seguindo do meu lado.

Ainda não sei como continuarei sem você
Mas sei que continuarei

Hoje meu canto se entristeceu
Minha voz ficou mais branda
Meus olhos mais molhados
Meu coração bateu mais apertado.

Mas a gente se vê na luta
Não viemos em vão
Não seguiremos em vão
E não cruzamos nossos caminhos em vão.

Força e Axé
Pra mim e pra você.

Eu te amo!!!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Com licença poética..;

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.



Adélia Prado...