sábado, 2 de março de 2013

O tempo dos poetas

Talvez seja preciso admitir que o sensível faz parte dela, que ser romantica é sua essência, e que ela tem sim vontade de namorar com alguém. Talvez por uma imposição da sociedade que ta cravada ali, ou talvez porque ela quer mesmo sentir o que é isso. As vezes para e fica pensando em como seria se acontecesse, sempre foi sozinha, mas tem uma liberdade que lutou tanto pra conquistar. Como ter um relacionamento que não tirasse essa liberdade dela? Mas que ao mesmo tempo houvesse uma dedicação, um cuidado, carinho. Confessa ainda que alguns desejos e sentimentos lhe colocam em contradição aos seus principios feministas e abalam, e lhe derretem, lhe desmoronam. As vezes é tão óbvio ser forte, ser dona de si, se amar, ser só sua. Mas é tão encantador amar alguém, sonhar, buscar proteção, se entregar a alguém. 
E seu tempo parece ser tão diferente do tempo dos outros, as vezes parece tão impossivel amar alguém de novo e acreditar que exista alguém que vai lhe fazer sentir emoções maiores e melhores do que as que sentiu. É, ela sabe que já perdi tempo demais, mas o tempo dos poetas é outro tempo, onde os anos são horas.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Antidoto




Aquele bichinho do: Não se apaixone nunca mais me picou, e os sintomas começaram a aparecer com fortes dores no coração e na alma, embutida de lembranças de um passado que não volta, além de lágrimas salgadas como o mar, mais vontade de sumir no mundo com vontade de dormir pra nunca mais acordar, e por fim, o pior, amargura e falta de sorriso sincero. Preciso do antidoto.
Me disseram que antidoto pra veneno é mais veneno...
Sendo assim então, bora lá. Preciso sair de casa, colocar as pernas de fora, passar um batom vermelho e ficar disponível por ai pra encontrar o novo amor da quarta - feira de cinzas, dançar como se não houvesse amanhã, pilotar uma moto até o fim do mundo, caminhar pela praia, beber até perder a moral, subir na mesa, cantar até ficar rouca, sair beijando as bocas na sede de encontrar a cura pro meu mal, me apaixonar perdidamente mais uma vez, ter alguém pra ocupar meus pensamentos, e todos os espaços do meu corpo, amar de novo.
Esse é o antidoto!

Joelma Coutinho


domingo, 9 de dezembro de 2012

Nossa linda juventude

Sabe seu moço...
Não sei se é o momento de dizer se é certo ou errado
Se é sagrado ou profano
Se é virtude ou pecado.
Sabe seu moço...
Talvez seja o momento de entender
de experimentar e viver
de conhecer cada história.
Sabe seu moço?
O menino precisa sonhar
A menina precisa brincar.
O muleque precisa provar do mel e do fel.
É simples assim seu moço.
Deixa a menina jogar
Deixa o menino balançar
Deixa esses pequenos brilhar....

Joelma Coutinho

Poesia perdida


Fonte: http://siteseblogs.com/2012/08/ficar-inspirado/



Onde estás tu, inspiração de minh'alma 
Tu que me acompanhava noite e dia
Em todos os momentos imagináveis.
Volte inspiração dos meus versos
Volte para me fazer feliz e mudança no mundo.


                                     Joelma Coutinho

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

É insustentável a leveza do ser...


Aquilo que dizem ser amor
Pesa bem... mais que uma pena na alma.
Não é leve
Não é livre
É profundo
Angustia, machuca e incomoda.
A maturidade não o acompanha
Nem tampouco a razão
É pesado demais pra carregar tanta liberdade.







É insustentável a leveza do ser....

Joelma Coutinho

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Imprivilegio

As vezes dá medo de cair e o buraco ser profundo demais.

As vezes dói ter perdido todos os amores que a vida não trouxe.

As vezes sufoca ter palavras que não são ditas.


Joelma Coutinho





quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Heresia




Às missas
Prefiro os saraus
Que com suas poesias mais intensas
Me arrepiam até alma
Me fazendo chegar mais perto do que é realmente divino.
Às igrejas
Prefiro os botecos
Onde se comunga cerveja
E a noite é celebrada com fervor.
Aos confessionários
Prefiro os quartos de portas trancadas
Onde duas pessoas trocam os mais íntimos segredos, com as mais intensas verdades
Não se importando se vão ou não espalhar o que ali foi presenciado.
Aos rosários
Prefiro as telas, tintas e pincel
Papel e caneta
Voz e violão
E assim num coro partilhamos emoções, cantos e utopias.
Só sei que aos dogmas
Prefiro uma vida vivida
Com fatos reais
Escolhas feitas por livre vontade
Limites impostos a quem os querem seguir.
Quanto aos muros e portões
Dispenso a existência
Se é pra ser em comum
Que o espaço e o acesso sejam livres.
Assim como a liberdade de pensamento aqui existente.




23/11/2012

                                                                                        
                                          Joelma Coutinho e Maria Isabel