terça-feira, 26 de abril de 2011

Deixe estar...



Me deixa ser o teu momento de trégua
no meio dessa luta.
Mas faça de mim também
a arma que usa para a batalha.
Encontre em mim o calor
das tuas noites frias.
E me tenha como o fogo
que arde em seu coração revolucionário.
Descanse seu corpo cansado em meu abrigo.
Mas canse também o seu corpo em meu corpo.
Ouça meu canto de acalento.
Mas grite comigo as canções de resistência.
Me ame apaixonadamente em nosso sossego.
Mas me ame também de mãos dadas
na luta.

Joelma Coutinho

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