sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A luta das sete mulheres




Essa diversidade bela e rara que me encanta todas as vezes
Todas as vezes que vejo esses sorrisos cativantes
Esses olhares brilhantes
Essas flores por todos os lados.
O numero é sete
O numero místico!
Sete mulheres, belas e apaixonadas pela vida
E uma pelas outras.
Passo a semana inteira esperando pra ver esses corpos bailarem
As flores desses vestidos
As gentilezas desses gestos
As risadas mais gostosas
As cervejas mais geladas
As frases feministas
As lutas e garras.
A menina mulher presente em cada uma.

Joelma Coutinho

Negra Branca Senhorita






Dedicado as belezas raras e diversas valovelhenses




Valei-me Deus do Valo
velho
é este querer
já realizado
pois certamente
a lua se encanta
ao ver tanta beleza junta
que com tantos desejos
e sonhos
jamais desistem da luta.
Negra Branca Senhorita
eita mistura bonita!
Dançam e cantam justiça
esbanjando paciência
e no balanço desse xote
também encontro gentileza
e por falar em gentileza
hei de agradecer a Negra Maria
por cuidar de vossas filhas
e ai Nazareno suplico
Iluminai os passos a serem seguidos.

Maria Isabel

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SIMULTANEIDADE

Vai um pouquinho de Mario Quintana pra hoje...

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.
Mario Quintana

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Compartilhar é o importante








Era uma manha tranquila
Onde nada acontecia
Minha mãe que já previa
O chamado recebeu.

Não era anjo o que ela via
Nem espanto oque sentia
Mas com dor e alegria
Um presente concebeu.

Ainda hoje ela me conta
Relembrando aquele dia
Ela nada entendia
O que foi que aconteceu.

O doutor naquela hora
Entre panos escondia
Inquieto não trazia
O bebe que ali nasceu.

Minha mãe desesperada
Ansiosa, ainda fraca
Viu nos braços grande falta
Mas com esperança os ergueu.

O doutor que sem saída
Esconder não mais podia
Entregando uma menina
Ele logo respondeu.

Eis aqui a sua filha
E perdoe a agonia
Cuide bem dessa menina
Pois foi Deus quem lhe escolheu.

Minha mãe feliz estava
Com cuidado observava
E ouvindo estas palavras
Tudo aquilo entendeu.

Entendeu que era ela
A guerreira escolhida
Se era um teste passaria
Pois com ela estava Deus.

Eis aqui aquela criança
Que entre panos esconderam
Eu cresci entre cuidados
Eu venci todos os medos.

Andava com outras pernas
Pois meus pés não caminhavam
Necessitava de outros braços
Pois minhas mãos não tateavam.

Muitos NÃO eu escutei
Poucas vezes fracassei

Eu tinha força e esperança
Em desistir jamais pensei.

Não pensem que foi fácil
Muitas coisas eu vivi
Convivi entre pessoas
Que me ensinaram a persistir.

Doutores, médicos e enfermeiros
Pinos, gessos e aparelhos
Quantas dores eu senti
Eram dias e noites de sofrimento.

Essa era minha rotina
Alias de toda minha família
Minha mãe era minha guia
Minhas irmãs nos acolhiam.

O tempo ia passando
E tudo ia se acalmando
Os sonhos iam crescendo
E aos poucos se realizando.

Agora, não mais menina
Uma jovem renasceu
E olhando pro seu passado
Viu que muito ela aprendeu
Aprendeu que membros perfeitos
Era tudo oque queria
Mas se não compartilhados
Talvez de nada serviriam.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Plantar raízes




Terra nossa de cada dia
Esta sem valor
Esta tão sem vida.

Brigam por tudo
Brigam por ti
E esquecem as vidas
Que crescem ali.

As vossas raízes
Estão se esgotando
Os vossos frutos
Aos poucos secando.

O verde da vida
Virou esperança
Cadê nossos sonhos?
Só buscam ganancia.

Eu plantei coragem
Plantei minhas vontades
Colhi todo medo
Pela desigualdade.

Eu busco um futuro
Sem a desunião
Onde todos tenham água
Onde todos tenham pão.

Maria Isabel

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Contato



O olhar de nossos olhos
O Beijar de nossas bocas
O contato de nossos corpos
São momentos que ficam na memória
Momentos onde nada é proibido
Onde a falsa moral hipócrita não tem vez
Momento que é nosso, somente nosso
Pra ser lembrado e celebrado
Em nossas mentes, corpos e corações
E por fim no mais profundo da alma.

Joelma Coutinho

Sentimento exótico



O peso da mala
Não mais incomoda
O vazio que aperta
É o que a alma interroga
O dever não cumprido
O perder a esperança
O querer esquecido
A rotina que cansa
O grito calado
E o corpo cansado.
Mas o canto anuncia
Que a hora chegou
E o povo indica
Que o caminho é o amor
A palavra preenche
O que guardo na mente
E a coragem de seguir
Se faz mais presente
A força que busco aqui hei de encontrar
(e encontrei)
E a terra que trago
Volto para transformar.
Maria Isabel

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Violência a juventude

É inaceitável
Que se esqueças da tua juventude
De suas virtudes
Dos sonhos antigos
Dos momentos vividos.

É inaceitável
Que não te incomode este sofrimento
Que ignores o sangue derramado
Que aceite tanta injustiça
Que o teu grito tenha se calado.

É inaceitável
Deixar que a violência exista
Pedindo aos céus que ela não o atinja
Fechar os olhos aos menos favorecidos
E velar somente aos mais queridos.

É inaceitável
Ver tantos jovens exterminados
Ver tantos braços estarem cruzados
Ter que escolher entre o calar e o morrer
Mesmo querendo apenas viver.
Maria Isabel